Como escrevi no editorial do jornal
de março de 2006
“Que fiquem marcadas as lições, as
revindicações de amor em busca da paz.
Paz para que todos tenham o direito
de seus sonhos realizarem...”
Qual é seu sonho?
O meu é, e sempre foi, de fazer algo que não seja só
reclamar nas esquinas, criticar os poderes que não vão às esquinas. Sim, pensava que o que ouvia era o que o povo
queria; mudar de atitude, de visão, pensar livre nas eleições, mas pergunto-me:
- Que podemos esperar de quem fica acuado sem o poder exercer, que se vê
enfeitiçado pelas promessas fáceis de seus interesses pessoais resolverem? Pergunto ainda: - Será que vale a pena pagar 4
anos de abandono, de descaso, em benefício próprio? Talvez a resposta seja não.
Mas e a exclusão de quem faz e não diz, de quem não nasceu,
mas escolheu como forma de poder estar alerta, atenta às necessidades de que
tantos falam, prometem e nos esquecem.
Triste de ouvir como adjetivo “sou minhoca da terra”, como
referência de qualidade, mas sabemos ser preconceito a nós que escolhemos lutar,
brigar pelos direitos de todos, sem distinção.
Sinto-me um peixe pequeno, mas nunca me deixei prender pelas
redes das facilidades, do bem pessoal, nem nunca me deixarei engolir pelos
tubarões de outros mares que aqui chegam só em época de eleições.
Sou candidata, sou ficha limpa, sempre fiz, só não dizia,
espero que ainda tenhamos tempo de nossos sonhos realizar.
NATALIA REYNIER 36.555